The morning was born cold and windy, wintry up.
Enthusiasticalli, I make the journey towards the pier.
Pier of memories.
Nostalgia pier.
Solitarily, I stumble in a white cube that is loose so neglected, an already rare Portuguese Sidewalk, skillfully made for the event, which filled us with pride.
Everything has changed.
The cold wind pierces the clothes.
I arrive at the destination.
I look deeply into the gray horizon, a sea covered by a dense fog. Automatically, I am transported to the banks of the school, where we learned the exploits of people thirsting for discovering new worlds.
Travelers who brought a smell of cinnamon and ginger, nutmeg and pepper. The glorious Portuguese time.
Today we don't learn these immemorial made anymore.
I enjoy the morning calm.
In the footbridge over the water, some couples holding hands walking hurriedly, the other newer exchange wet kisses like the wheather surrounding them. Some cyclists followed by their noisily offspring, unrelated to the time it stopped. Runners and Sunday walkers in an accelerated race before the crowds join them in the surrounding green spaces. At the bottom of the wooden footbridge, another lonely man. A fisherman casts the bait in perspective and hope to succeed, a too much Portuguese life. Sections of the bridge begin to glimpse. The bridge with a Portuguese navigator name that today lies in a Monastery which belongs to a world of treasures. A world that we discovered. Bridge that connects us with other cultural identities.
The morning begins to lighten.
Golden rays of sun pierce the fog with difficulty. The winter sun that do not warms, in this Nostalgia Pier.
A manhã nasceu fria e ventosa, invernosa até.
Entusiasticamente, faço o percurso
rumo ao cais.
Cais de lembranças.
Cais de saudade.
Solitariamente tropeço num cubo
branco, que se solta de forma negligenciada, de uma já rara Calçada Portuguesa,
habilidosamente feita para o evento, que nos encheu de orgulho.
O vento gélido trespassa a roupa.
Estugo a minha passada.
Chego ao local de destino.
Olho profundamente para o horizonte
cinzento, de um mar coberto por uma densa neblina. Automaticamente, sou
transportado para os bancos da escola, onde dignamente aprendíamos as façanhas
de pessoas sedentas por descobrirem novos mundos.
Viajantes que traziam um cheiro de
canela e gengibre, de noz-moscada e pimenta. Um tempo português, glorioso.
Parámos no Espaço. Parámos no
Tempo.
Hoje já pouco aprendemos desses
feitos imemoriais que outros preservam religiosamente.
Manhã calma que aproveito para
desfrutar.
No passadiço por cima da água,
alguns casais de mãos dadas caminham apressadamente, outros mais novos trocam
ósculos húmidos a condizer com o tempo que os rodeia. Alguns ciclistas seguidos
por perto de ruidosa prole, alheios ao tempo que parou. Corredores e
marchadores domingueiros numa corrida acelerada, antes que multidões se juntem
nos espaços verdes circundantes.
Ao fundo do pontão de madeira, um
outro solitário. Um pescador que lança o isco na perspectiva e esperança de ter
êxito, de uma vida demasiada portuguesa. Começa-se a vislumbrar secções de uma
ponte que tem nome de navegador que hoje jaz num Mosteiro que pertence aos
tesouros de um mundo. Um mundo que descobrimos.
Ponte que nos liga a outras identidades
culturais e a outros povos.
A manhã começa a clarear.
Uns dourados raios de sol que
trespassam dificilmente a neblina. Um sol de Inverno que não aquece, neste Cais
da Saudade.
Luís Reina
( This text had been written for the "Histórias Soltas" Project and for the exposition in AXA Seguros in Oporto. Este texto foi escrito para o Projecto "Histórias Soltas" e para a exposição na AXA Seguros no Porto, de acordo com a antiga ortografia)
Cable Car / Teleférico
Sculpture - Rizoma (Antony Gormly) / Escultura - Rizoma (Antony Gormly)
Tree Trunk / Tronco
Garcia d'Orta Gardens / Jardins Garcia D'Orta
Sculpture - Cursiva (Amy Yoes) - Escultura - Cursiva (Amy Yoes)
Fisherman in the Footbridge / Pescador no Passadiço
Vasco da Gama Tower / Torre Vasco da Gama
Vasco da Gama Bridge / Ponte Vasco da Gama
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